Dez anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, o cineasta Alain Resnais (“Hiroshima, meu amor”, “Ano passado em Marienbad”) e o poeta Jean Cayrol legaram um impressionante alerta à humanidade de todos os tempos.
Nos seus 32 minutos de duração, o documentário Noite e Neblina (1955) busca apresentar a cruel realidade dos campos de concentração nazistas e refletir acerca das condições que permitiram que tamanho horror existisse.
No entanto, um aspecto reforçado pelo filme é a insistência em não olhar para aqueles acontecimentos como algo que ficou para trás. O texto escrito por Cayrol, ele mesmo um ex-prisioneiro de guerra, retira o espectador do comodismo a fim de despertar uma vigilância que o faça perceber que tudo aquilo que é mostrado não pertence a um só tempo nem a um só país.
Para quem acha que tudo se trata de uma realidade distante, Cayrol reforça os riscos daquilo se repetir: “Quem dentre nós monta guarda neste estranho observatório para nos prevenir da chegada de novos carrascos?” e chama todos a um exame de consciência: “Seus rostos serão diferentes dos nossos?”.
Nas cenas, são apresentadas imagens de arquivos em preto e branco e novas filmagens a cores em Auschwitz, onde mais de 1 milhão de pessoas foram mortas. Nelas, notam-se algumas bucólicas e mansas paisagens…
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… assim como ruínas e cercas que restaram das prisões – rastros de todo o sofrimento que ali se instalou.
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Esse contraste também não passa despercebido pela força poética da narração.
Nos primeiros minutos do filme já se ouve a voz do ator Michel Bouquet dizer:
Como foi possível que localidades comuns, habitadas por pessoas comuns, abrigassem um mal indescritível? Por meio de Noite e Neblina, essa e outras perguntas fundamentais ainda ecoam e chegam até os nossos dias.
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Dez anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, o cineasta Alain Resnais (“Hiroshima, meu amor”, “Ano passado em Marienbad”) e o poeta Jean Cayrol legaram um impressionante alerta à humanidade de todos os tempos.
Nos seus 32 minutos de duração, o documentário Noite e Neblina (1955) busca apresentar a cruel realidade dos campos de concentração nazistas e refletir acerca das condições que permitiram que tamanho horror existisse.
No entanto, um aspecto reforçado pelo filme é a insistência em não olhar para aqueles acontecimentos como algo que ficou para trás. O texto escrito por Cayrol, ele mesmo um ex-prisioneiro de guerra, retira o espectador do comodismo a fim de despertar uma vigilância que o faça perceber que tudo aquilo que é mostrado não pertence a um só tempo nem a um só país.
Para quem acha que tudo se trata de uma realidade distante, Cayrol reforça os riscos daquilo se repetir: “Quem dentre nós monta guarda neste estranho observatório para nos prevenir da chegada de novos carrascos?” e chama todos a um exame de consciência: “Seus rostos serão diferentes dos nossos?”.
Nas cenas, são apresentadas imagens de arquivos em preto e branco e novas filmagens a cores em Auschwitz, onde mais de 1 milhão de pessoas foram mortas. Nelas, notam-se algumas bucólicas e mansas paisagens…
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… assim como ruínas e cercas que restaram das prisões – rastros de todo o sofrimento que ali se instalou.
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Esse contraste também não passa despercebido pela força poética da narração.
Nos primeiros minutos do filme já se ouve a voz do ator Michel Bouquet dizer:
Como foi possível que localidades comuns, habitadas por pessoas comuns, abrigassem um mal indescritível? Por meio de Noite e Neblina, essa e outras perguntas fundamentais ainda ecoam e chegam até os nossos dias.
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