“Nosso maior objetivo é levar Jesus às pessoas”: Entrevista com Ralphy Batista, Diretor de Dramaturgia da TV Canção Nova
Por Redação Lumine
|
11.set.2025
Midle Dot

O cinema católico tem ganhado espaço nos últimos anos, alcançando não apenas os fiéis, mas também pessoas que buscam sentido para a vida. Para entender melhor os bastidores dessa missão, conversamos com Ralphy Batista, Diretor de Dramaturgia da TV Canção Nova, fundada por Monsenhor Jonas Abib e inspirada pela Renovação Carismática Católica.

Ralphy tem se dedicado a transformar histórias de santos e de fé em obras audiovisuais que unem qualidade técnica e profundidade espiritual. Nesta entrevista, ele nos leva aos bastidores das produções, revela os desafios de quem trabalha com evangelização por meio do cinema e compartilha testemunhos inspiradores que nasceram dos filmes da Canção Nova.

1. O que mais desafia um diretor de produção em um ambiente que não busca apenas entretenimento, mas também evangelização?

O desafio do diretor em realizar um filme religioso é ser fiel ao que a Igreja ensina. Não basta apenas contar uma boa história; é preciso pesquisar, consultar pessoas que entendem do assunto e entender profundamente o carisma ou a espiritualidade do que queremos retratar. Quando produzimos filmes sobre santos, buscamos representar suas ações, virtudes e escolhas de forma fidedigna, de modo que o público encontre neles um verdadeiro exemplo de fé.

2. Vocês se preocupam em dialogar também com quem não é católico, ou a produção é pensada exclusivamente para os fiéis? Por quê? 

Nosso público principal são os fiéis católicos, porque nossos filmes têm caráter catequético: queremos que os devotos se reconheçam nas cenas e aprendam algo que os aproxime ainda mais de Deus. Mas acreditamos que boas histórias sempre têm o poder de tocar corações. Portanto, não vemos problema em produzir filmes que evangelizem de maneira indireta, trazendo valores humanos e lições de vida que falem também a quem não é católico. 

3. Há algum testemunho de alguém transformado por um filme da Canção Nova que marcou você pessoalmente? 

Sim. Tivemos o caso de uma missionária que interpretou Santa Rita em uma de nossas produções. Durante o processo, ela viveu uma experiência tão profunda com a santa que sua vocação foi renovada. Hoje ela segue a vida religiosa na mesma congregação de Santa Rita. Para nós, esse é o verdadeiro impacto do cinema evangelizador: transformar vidas, inclusive de quem está por trás das câmeras.

4. Existe alguma cena de filme que você dirigiu cuja gravação se tornou uma experiência espiritual não só para o público, mas para toda a equipe?

Sim. No filme de São Gabriel da Virgem Dolorosa, há uma cena muito especial em que ele entra no convento. Representamos isso de forma quase teatral: São Gabriel é conduzido a uma “outra dimensão”, encontra o fundador da Ordem Passionista e é levado até a cruz de Cristo. Nessa cena, Jesus crucificado o abraça, acolhendo-o em suas chagas. Toda a equipe se emocionou.

5. Como medir o sucesso de um filme evangelizador? 

Quando se trata de uma produtora, não podemos negar que os números importam: acessos nas plataformas, venda de bilheterias, alcance do público — todas essas coisas, querendo ou não, servem para medir o sucesso de um filme. Mas, para nós, a realização maior é ouvir o testemunho de alguém que encontrou Jesus através de uma cena ou de uma história que contamos. Se um único coração é tocado, já sentimos que o esforço valeu a pena.

6. Qual é o bastidor de produção que quase nunca aparece, mas que é fundamental para que um filme da Canção Nova aconteça?

A união da equipe. Nossas limitações são muitas, mas nós conseguimos criar soluções criativas juntos. Cada cena tem seu próprio desafio, e sem esse espírito de comunidade, não seria possível realizar os filmes que fazemos.

7. Qual olhar você espera que as pessoas tenham sobre os filmes da Canção Nova?

Espero que vejam qualidade técnica, sim, mas que nunca percam de vista a essência do carisma Canção Nova. Nosso maior objetivo é levar Jesus às pessoas pelo batismo no Espírito Santo. O artístico e o técnico vêm depois.

8. O que você imagina que as novas gerações, que crescem já imersas em streamings e redes sociais, podem aprender com o cinema católico?

O cinema católico no modo geral pode atingir a todos. Alguns com filmes com temáticas de fé e lições de vida, já outros com uma história mais religiosa. Mas acredito que a arte seja um excelente caminho de evangelização para os mais novos. Chegar aonde eles estão, cada vez com mais qualidade. Falamos a Verdade, e ela por si só se faz relevante.

9. Qual é a sua visão para o futuro da produção audiovisual católica no Brasil e no mundo? 

Vejo um futuro promissor. Espero que cresçamos em qualidade e profundidade, que os temas continuem fiéis ao Evangelho e que consigamos atrair mais pessoas pela beleza da arte. Também anseio por incentivos e investimentos para que possamos produzir cada vez mais bons conteúdos. 

10. O que você diria a um jovem cineasta católico que, mesmo descobrindo as oportunidades milionárias de Hollywood, sonha em trabalhar com produção audiovisual para a evangelização?

Primeiro, é preciso querer falar de Deus — essa tem que ser a motivação. Depois, é necessário amar o audiovisual. Não é um caminho fácil nem lucrativo, dependemos de muitas pessoas para manter esse trabalho vivo. Mas justamente por ser um campo novo, ele é promissor. Precisamos de jovens que sonhem conosco e abram novas oportunidades para o cinema de evangelização.

Não pare por aqui! Descubra os 10 melhores filmes da Canção Nova que você precisa assistir  e permita que essas histórias de fé e esperança toquem também o seu coração.

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O cinema católico tem ganhado espaço nos últimos anos, alcançando não apenas os fiéis, mas também pessoas que buscam sentido para a vida. Para entender melhor os bastidores dessa missão, conversamos com Ralphy Batista, Diretor de Dramaturgia da TV Canção Nova, fundada por Monsenhor Jonas Abib e inspirada pela Renovação Carismática Católica.

Ralphy tem se dedicado a transformar histórias de santos e de fé em obras audiovisuais que unem qualidade técnica e profundidade espiritual. Nesta entrevista, ele nos leva aos bastidores das produções, revela os desafios de quem trabalha com evangelização por meio do cinema e compartilha testemunhos inspiradores que nasceram dos filmes da Canção Nova.

1. O que mais desafia um diretor de produção em um ambiente que não busca apenas entretenimento, mas também evangelização?

O desafio do diretor em realizar um filme religioso é ser fiel ao que a Igreja ensina. Não basta apenas contar uma boa história; é preciso pesquisar, consultar pessoas que entendem do assunto e entender profundamente o carisma ou a espiritualidade do que queremos retratar. Quando produzimos filmes sobre santos, buscamos representar suas ações, virtudes e escolhas de forma fidedigna, de modo que o público encontre neles um verdadeiro exemplo de fé.

2. Vocês se preocupam em dialogar também com quem não é católico, ou a produção é pensada exclusivamente para os fiéis? Por quê? 

Nosso público principal são os fiéis católicos, porque nossos filmes têm caráter catequético: queremos que os devotos se reconheçam nas cenas e aprendam algo que os aproxime ainda mais de Deus. Mas acreditamos que boas histórias sempre têm o poder de tocar corações. Portanto, não vemos problema em produzir filmes que evangelizem de maneira indireta, trazendo valores humanos e lições de vida que falem também a quem não é católico. 

3. Há algum testemunho de alguém transformado por um filme da Canção Nova que marcou você pessoalmente? 

Sim. Tivemos o caso de uma missionária que interpretou Santa Rita em uma de nossas produções. Durante o processo, ela viveu uma experiência tão profunda com a santa que sua vocação foi renovada. Hoje ela segue a vida religiosa na mesma congregação de Santa Rita. Para nós, esse é o verdadeiro impacto do cinema evangelizador: transformar vidas, inclusive de quem está por trás das câmeras.

4. Existe alguma cena de filme que você dirigiu cuja gravação se tornou uma experiência espiritual não só para o público, mas para toda a equipe?

Sim. No filme de São Gabriel da Virgem Dolorosa, há uma cena muito especial em que ele entra no convento. Representamos isso de forma quase teatral: São Gabriel é conduzido a uma “outra dimensão”, encontra o fundador da Ordem Passionista e é levado até a cruz de Cristo. Nessa cena, Jesus crucificado o abraça, acolhendo-o em suas chagas. Toda a equipe se emocionou.

5. Como medir o sucesso de um filme evangelizador? 

Quando se trata de uma produtora, não podemos negar que os números importam: acessos nas plataformas, venda de bilheterias, alcance do público — todas essas coisas, querendo ou não, servem para medir o sucesso de um filme. Mas, para nós, a realização maior é ouvir o testemunho de alguém que encontrou Jesus através de uma cena ou de uma história que contamos. Se um único coração é tocado, já sentimos que o esforço valeu a pena.

6. Qual é o bastidor de produção que quase nunca aparece, mas que é fundamental para que um filme da Canção Nova aconteça?

A união da equipe. Nossas limitações são muitas, mas nós conseguimos criar soluções criativas juntos. Cada cena tem seu próprio desafio, e sem esse espírito de comunidade, não seria possível realizar os filmes que fazemos.

7. Qual olhar você espera que as pessoas tenham sobre os filmes da Canção Nova?

Espero que vejam qualidade técnica, sim, mas que nunca percam de vista a essência do carisma Canção Nova. Nosso maior objetivo é levar Jesus às pessoas pelo batismo no Espírito Santo. O artístico e o técnico vêm depois.

8. O que você imagina que as novas gerações, que crescem já imersas em streamings e redes sociais, podem aprender com o cinema católico?

O cinema católico no modo geral pode atingir a todos. Alguns com filmes com temáticas de fé e lições de vida, já outros com uma história mais religiosa. Mas acredito que a arte seja um excelente caminho de evangelização para os mais novos. Chegar aonde eles estão, cada vez com mais qualidade. Falamos a Verdade, e ela por si só se faz relevante.

9. Qual é a sua visão para o futuro da produção audiovisual católica no Brasil e no mundo? 

Vejo um futuro promissor. Espero que cresçamos em qualidade e profundidade, que os temas continuem fiéis ao Evangelho e que consigamos atrair mais pessoas pela beleza da arte. Também anseio por incentivos e investimentos para que possamos produzir cada vez mais bons conteúdos. 

10. O que você diria a um jovem cineasta católico que, mesmo descobrindo as oportunidades milionárias de Hollywood, sonha em trabalhar com produção audiovisual para a evangelização?

Primeiro, é preciso querer falar de Deus — essa tem que ser a motivação. Depois, é necessário amar o audiovisual. Não é um caminho fácil nem lucrativo, dependemos de muitas pessoas para manter esse trabalho vivo. Mas justamente por ser um campo novo, ele é promissor. Precisamos de jovens que sonhem conosco e abram novas oportunidades para o cinema de evangelização.

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