Entre todas as tradições natalinas, o presépio ocupa um lugar único. Mais do que uma simples decoração, ele é uma representação visual do nascimento de Cristo; um retrato da humildade de Deus que se fez homem e veio habitar entre nós.
Mas a origem do presépio é muito mais antiga e profunda do que parece. A palavra vem do latim praesepe (ou praesepium), que significa literalmente “estábulo” ou “manjedoura” — o lugar onde Jesus foi colocado ao nascer, conforme narra o Evangelho de São Lucas (Lc 2,7). Com o tempo, o termo passou a designar toda a cena da Natividade: Maria, José, o Menino Jesus e, mais tarde, os pastores, os Magos, o boi e o burro.
Nos primeiros séculos do cristianismo, porém, o presépio como o conhecemos ainda não existia. O foco da arte e da liturgia estava na Paixão e na Ressurreição de Cristo. As representações da Natividade eram raras e simbólicas, encontradas principalmente em catacumbas romanas, onde Maria aparecia com o menino em um gesto de adoração.
Essas primeiras imagens não buscavam realismo histórico, mas uma mensagem simbólica: mostrar que aquele bebê era verdadeiramente o Filho de Deus. Ainda não havia estábulos, animais ou o cenário simples que hoje associamos ao Natal. Tudo isso surgiria muito mais tarde — quando um santo italiano transformou a fé em imagem viva.
Nesse artigo, você irá conhecer em detalhes a história que deu origem ao Natal e como essa tradição foi se transformando ao longo dos séculos.
A verdadeira origem do presépio moderno, como conhecemos hoje, remonta ao ano de 1223, na pequena aldeia de Greccio, na Itália. Foi ali que São Francisco de Assis decidiu celebrar o Natal de uma forma inédita, com personagens que não eram representados antes.
Francisco desejava que as pessoas comuns pudessem contemplar a humildade do nascimento de Jesus. Ele pediu a um amigo local que preparasse uma gruta com um cocho de feno, um boi e um jumento vivos — sem esculturas, sem luxo, apenas a pobreza de Belém.
Na noite de Natal, os frades e o povo da região se reuniram à luz de tochas e cânticos. Francisco, tomado de emoção, proclamou o Evangelho e falou sobre o “Rei pobre” nascido entre os animais. Durante a missa, o altar foi colocado sobre a manjedoura: um gesto profundo que uniu simbolicamente o nascimento de Cristo à Eucaristia.
Dessa experiência nasceu o primeiro presépio. O que São Francisco realizou em Greccio não foi apenas uma encenação, mas uma revolução espiritual: ele transformou o mistério da Encarnação em algo visível e palpável, despertando nos fiéis uma fé viva e concreta.
A inspiração de São Francisco se espalhou rapidamente. A partir de Greccio, os frades franciscanos começaram a reproduzir a cena do Natal em igrejas por toda a Europa. Com o tempo, o presépio passou por diferentes fases de evolução até se tornar parte da vida doméstica.
Nos séculos seguintes ao evento de Greccio, o presépio se tornou uma prática litúrgica. Igrejas e mosteiros começaram a montar cenas fixas da Natividade, geralmente com esculturas de madeira ou barro. Elas serviam como ferramentas catequéticas; uma forma simples e visual de ensinar o Evangelho a um povo em grande parte analfabeto.
Esses primeiros presépios fixos reforçavam o caráter sagrado da celebração e ajudavam os fiéis a meditar sobre o mistério do Deus que se fez homem.
Durante o Renascimento, o presépio saiu das igrejas e entrou nos palácios da nobreza. As famílias aristocráticas encomendavam verdadeiras obras de arte: presépios elaborados, com dezenas ou centenas de figuras, roupas de tecido, pedras preciosas e cenários exuberantes.
O presépio passou a ser também símbolo de status e devoção, unindo arte e espiritualidade. Um exemplo famoso vem da Itália do século XVI: a Duquesa de Amalfi mandou produzir um presépio com mais de cem figuras, incluindo cenas da adoração dos Magos e dos pastores.
O século XVIII marcou o nascimento do presépio doméstico, como o conhecemos hoje. Com o crescimento da classe média e a valorização da vida familiar, a montagem do presépio passou a fazer parte das tradições de Natal nas casas.
Artesãos começaram a produzir pequenas figuras de barro ou madeira, tornando o presépio acessível a todos. O que começou como uma prática franciscana tornou-se um símbolo universal de fé e união familiar, espalhando-se por toda a Europa e, depois, pelo mundo — especialmente pelas terras missionárias, como a América Latina.
O presépio não é uma simples reconstituição histórica do nascimento de Jesus. Ele é um símbolo teológico que traduz em imagens o mistério da Encarnação. Cada personagem, cada gesto e cada detalhe comunica algo sobre quem é Cristo e sobre o amor de Deus pela humanidade.
No coração do presépio está a Sagrada Família:
Curiosamente, o Evangelho não menciona a presença do boi e do jumento. Esses animais foram acrescentados à tradição a partir da profecia de Isaías (1,3): “O boi conhece o seu dono, e o jumento, o cocho do seu senhor.”
Ao incluí-los no presépio, os cristãos expressaram uma verdade profunda: toda a criação reconhece e adora o seu Criador, mesmo quando o homem ainda não o faz. São Francisco entendeu isso com clareza ao incluir os animais em Greccio — e desde então, eles nunca mais saíram da cena.
Os pastores, primeiros a receber o anúncio do anjo, representam os pobres e humildes — os que têm o coração aberto para acolher Deus. Já os Reis Magos, vindos de longe, simbolizam as nações pagãs, os sábios e poderosos que também se ajoelham diante do Menino.
A genialidade do presépio está em sua capacidade de se adaptar. Cada cultura reinterpretou a cena de Belém segundo sua própria identidade, criando expressões únicas dessa devoção.
Em Nápoles, o presépio se transformou numa verdadeira obra teatral. Surgido no século XVIII, o presépio napolitano combina o sagrado e o popular: junto da Sagrada Família, aparecem vendedores, pescadores, lavadeiras e músicos.
As figuras — chamadas pastori — são ricamente trabalhadas em terracota, com olhos de vidro e roupas de tecido real. É uma celebração da vida cotidiana italiana, mostrando que Deus se encarna também nas alegrias e trabalhos do povo.
Na região da Provença, o presépio é formado por pequenas figuras de argila chamadas santons (“pequenos santos”). Essa tradição nasceu durante a Revolução Francesa, quando as igrejas foram fechadas e o culto público proibido.
Os cristãos passaram então a montar presépios em casa, em segredo, representando não só a Sagrada Família, mas toda a aldeia: o padeiro, o pastor, o ferreiro, o pescador. Assim, o presépio provençal tornou-se uma crônica da vida do povo e um símbolo de resistência.
Quando os missionários trouxeram o presépio para a América Latina, ele encontrou um terreno fértil para se reinventar. Em países como México, Peru, Bolívia e Brasil, a cena do nascimento de Jesus ganhou cores locais, rostos indígenas e afrodescendentes, trajes típicos e materiais regionais — como palha de milho, madeira e barro.
Essas adaptações expressam a mesma intuição que guiou São Francisco: fazer com que o mistério de Belém ganhe rosto humano em cada cultura. É o presépio se tornando verdadeiramente universal.
Além de sua dimensão simbólica, o presépio também segue um ritmo litúrgico, ligado ao calendário da Igreja.
O momento ideal para montar o presépio é o início do Advento, quatro semanas antes do Natal. Esse tempo de preparação espiritual convida à esperança e à espera do Salvador. Tradicionalmente, o Menino Jesus só é colocado na manjedoura na noite de Natal, simbolizando o nascimento do Verbo encarnado.
A desmontagem costuma acontecer no Dia de Reis, 6 de janeiro, quando a Igreja celebra a Epifania do Senhor — a visita dos Magos ao Menino. Algumas famílias mantêm o presépio até o Batismo de Jesus, no domingo seguinte.
A Epifania encerra o ciclo natalino com um significado profundo: o Cristo que nasceu em Belém é revelado ao mundo inteiro. O ouro, o incenso e a mirra oferecidos pelos Magos simbolizam Sua realeza, divindade e humanidade.
***
O presépio é, há oito séculos, um dos mais belos testemunhos da fé cristã. Desde Greccio, em 1223, até os presépios das casas de hoje, ele continua a nos lembrar que o Deus infinito se fez pequeno por amor.
São Francisco de Assis não inventou apenas uma tradição; ele abriu um novo modo de contemplar o mistério da Encarnação. Ao olhar para o presépio, somos convidados a ver o próprio Evangelho em miniatura: a pobreza, a esperança e a ternura de um Deus que quis habitar entre nós.
A origem do presépio é, portanto, um chamado constante à fé viva, à simplicidade e ao reconhecimento de que, em cada Natal, o Emanuel — o Deus conosco — continua a nascer em nosso meio.
***
Quer aprofundar ainda mais o simbolismo do presépio?
Em dezembro, lançaremos de forma inédita a peça Filho de Deus, Menino Meu, inspirada na obra de Maria Emmir Nogueira — uma obra que ilumina, com beleza e profundidade, cada gesto e cada personagem da cena da Natividade.

Acompanhe nosso perfil no Instagram e descubra, dia após dia, novos significados sobre o presépio e sobre o Deus que se faz criança por amor.
Entre todas as tradições natalinas, o presépio ocupa um lugar único. Mais do que uma simples decoração, ele é uma representação visual do nascimento de Cristo; um retrato da humildade de Deus que se fez homem e veio habitar entre nós.
Mas a origem do presépio é muito mais antiga e profunda do que parece. A palavra vem do latim praesepe (ou praesepium), que significa literalmente “estábulo” ou “manjedoura” — o lugar onde Jesus foi colocado ao nascer, conforme narra o Evangelho de São Lucas (Lc 2,7). Com o tempo, o termo passou a designar toda a cena da Natividade: Maria, José, o Menino Jesus e, mais tarde, os pastores, os Magos, o boi e o burro.
Nos primeiros séculos do cristianismo, porém, o presépio como o conhecemos ainda não existia. O foco da arte e da liturgia estava na Paixão e na Ressurreição de Cristo. As representações da Natividade eram raras e simbólicas, encontradas principalmente em catacumbas romanas, onde Maria aparecia com o menino em um gesto de adoração.
Essas primeiras imagens não buscavam realismo histórico, mas uma mensagem simbólica: mostrar que aquele bebê era verdadeiramente o Filho de Deus. Ainda não havia estábulos, animais ou o cenário simples que hoje associamos ao Natal. Tudo isso surgiria muito mais tarde — quando um santo italiano transformou a fé em imagem viva.
Nesse artigo, você irá conhecer em detalhes a história que deu origem ao Natal e como essa tradição foi se transformando ao longo dos séculos.
A verdadeira origem do presépio moderno, como conhecemos hoje, remonta ao ano de 1223, na pequena aldeia de Greccio, na Itália. Foi ali que São Francisco de Assis decidiu celebrar o Natal de uma forma inédita, com personagens que não eram representados antes.
Francisco desejava que as pessoas comuns pudessem contemplar a humildade do nascimento de Jesus. Ele pediu a um amigo local que preparasse uma gruta com um cocho de feno, um boi e um jumento vivos — sem esculturas, sem luxo, apenas a pobreza de Belém.
Na noite de Natal, os frades e o povo da região se reuniram à luz de tochas e cânticos. Francisco, tomado de emoção, proclamou o Evangelho e falou sobre o “Rei pobre” nascido entre os animais. Durante a missa, o altar foi colocado sobre a manjedoura: um gesto profundo que uniu simbolicamente o nascimento de Cristo à Eucaristia.
Dessa experiência nasceu o primeiro presépio. O que São Francisco realizou em Greccio não foi apenas uma encenação, mas uma revolução espiritual: ele transformou o mistério da Encarnação em algo visível e palpável, despertando nos fiéis uma fé viva e concreta.
A inspiração de São Francisco se espalhou rapidamente. A partir de Greccio, os frades franciscanos começaram a reproduzir a cena do Natal em igrejas por toda a Europa. Com o tempo, o presépio passou por diferentes fases de evolução até se tornar parte da vida doméstica.
Nos séculos seguintes ao evento de Greccio, o presépio se tornou uma prática litúrgica. Igrejas e mosteiros começaram a montar cenas fixas da Natividade, geralmente com esculturas de madeira ou barro. Elas serviam como ferramentas catequéticas; uma forma simples e visual de ensinar o Evangelho a um povo em grande parte analfabeto.
Esses primeiros presépios fixos reforçavam o caráter sagrado da celebração e ajudavam os fiéis a meditar sobre o mistério do Deus que se fez homem.
Durante o Renascimento, o presépio saiu das igrejas e entrou nos palácios da nobreza. As famílias aristocráticas encomendavam verdadeiras obras de arte: presépios elaborados, com dezenas ou centenas de figuras, roupas de tecido, pedras preciosas e cenários exuberantes.
O presépio passou a ser também símbolo de status e devoção, unindo arte e espiritualidade. Um exemplo famoso vem da Itália do século XVI: a Duquesa de Amalfi mandou produzir um presépio com mais de cem figuras, incluindo cenas da adoração dos Magos e dos pastores.
O século XVIII marcou o nascimento do presépio doméstico, como o conhecemos hoje. Com o crescimento da classe média e a valorização da vida familiar, a montagem do presépio passou a fazer parte das tradições de Natal nas casas.
Artesãos começaram a produzir pequenas figuras de barro ou madeira, tornando o presépio acessível a todos. O que começou como uma prática franciscana tornou-se um símbolo universal de fé e união familiar, espalhando-se por toda a Europa e, depois, pelo mundo — especialmente pelas terras missionárias, como a América Latina.
O presépio não é uma simples reconstituição histórica do nascimento de Jesus. Ele é um símbolo teológico que traduz em imagens o mistério da Encarnação. Cada personagem, cada gesto e cada detalhe comunica algo sobre quem é Cristo e sobre o amor de Deus pela humanidade.
No coração do presépio está a Sagrada Família:
Curiosamente, o Evangelho não menciona a presença do boi e do jumento. Esses animais foram acrescentados à tradição a partir da profecia de Isaías (1,3): “O boi conhece o seu dono, e o jumento, o cocho do seu senhor.”
Ao incluí-los no presépio, os cristãos expressaram uma verdade profunda: toda a criação reconhece e adora o seu Criador, mesmo quando o homem ainda não o faz. São Francisco entendeu isso com clareza ao incluir os animais em Greccio — e desde então, eles nunca mais saíram da cena.
Os pastores, primeiros a receber o anúncio do anjo, representam os pobres e humildes — os que têm o coração aberto para acolher Deus. Já os Reis Magos, vindos de longe, simbolizam as nações pagãs, os sábios e poderosos que também se ajoelham diante do Menino.
A genialidade do presépio está em sua capacidade de se adaptar. Cada cultura reinterpretou a cena de Belém segundo sua própria identidade, criando expressões únicas dessa devoção.
Em Nápoles, o presépio se transformou numa verdadeira obra teatral. Surgido no século XVIII, o presépio napolitano combina o sagrado e o popular: junto da Sagrada Família, aparecem vendedores, pescadores, lavadeiras e músicos.
As figuras — chamadas pastori — são ricamente trabalhadas em terracota, com olhos de vidro e roupas de tecido real. É uma celebração da vida cotidiana italiana, mostrando que Deus se encarna também nas alegrias e trabalhos do povo.
Na região da Provença, o presépio é formado por pequenas figuras de argila chamadas santons (“pequenos santos”). Essa tradição nasceu durante a Revolução Francesa, quando as igrejas foram fechadas e o culto público proibido.
Os cristãos passaram então a montar presépios em casa, em segredo, representando não só a Sagrada Família, mas toda a aldeia: o padeiro, o pastor, o ferreiro, o pescador. Assim, o presépio provençal tornou-se uma crônica da vida do povo e um símbolo de resistência.
Quando os missionários trouxeram o presépio para a América Latina, ele encontrou um terreno fértil para se reinventar. Em países como México, Peru, Bolívia e Brasil, a cena do nascimento de Jesus ganhou cores locais, rostos indígenas e afrodescendentes, trajes típicos e materiais regionais — como palha de milho, madeira e barro.
Essas adaptações expressam a mesma intuição que guiou São Francisco: fazer com que o mistério de Belém ganhe rosto humano em cada cultura. É o presépio se tornando verdadeiramente universal.
Além de sua dimensão simbólica, o presépio também segue um ritmo litúrgico, ligado ao calendário da Igreja.
O momento ideal para montar o presépio é o início do Advento, quatro semanas antes do Natal. Esse tempo de preparação espiritual convida à esperança e à espera do Salvador. Tradicionalmente, o Menino Jesus só é colocado na manjedoura na noite de Natal, simbolizando o nascimento do Verbo encarnado.
A desmontagem costuma acontecer no Dia de Reis, 6 de janeiro, quando a Igreja celebra a Epifania do Senhor — a visita dos Magos ao Menino. Algumas famílias mantêm o presépio até o Batismo de Jesus, no domingo seguinte.
A Epifania encerra o ciclo natalino com um significado profundo: o Cristo que nasceu em Belém é revelado ao mundo inteiro. O ouro, o incenso e a mirra oferecidos pelos Magos simbolizam Sua realeza, divindade e humanidade.
***
O presépio é, há oito séculos, um dos mais belos testemunhos da fé cristã. Desde Greccio, em 1223, até os presépios das casas de hoje, ele continua a nos lembrar que o Deus infinito se fez pequeno por amor.
São Francisco de Assis não inventou apenas uma tradição; ele abriu um novo modo de contemplar o mistério da Encarnação. Ao olhar para o presépio, somos convidados a ver o próprio Evangelho em miniatura: a pobreza, a esperança e a ternura de um Deus que quis habitar entre nós.
A origem do presépio é, portanto, um chamado constante à fé viva, à simplicidade e ao reconhecimento de que, em cada Natal, o Emanuel — o Deus conosco — continua a nascer em nosso meio.
***
Quer aprofundar ainda mais o simbolismo do presépio?
Em dezembro, lançaremos de forma inédita a peça Filho de Deus, Menino Meu, inspirada na obra de Maria Emmir Nogueira — uma obra que ilumina, com beleza e profundidade, cada gesto e cada personagem da cena da Natividade.

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