Neste surpreendente documentário, um notório falsificador de pinturas provoca reflexões sobre a arte e sua apreciação.
Filme
Duração 1h29min
Ano 1973
Direção Orson Welles
País França
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Antes de estrear no cinema, um jovem Orson Welles notabilizou-se fazendo uma transmissão de rádio na qual fingia que a Terra era invadida por alienígenas.
Em 1938, tal evento causou pânico em muitos ouvintes, com diversas pessoas sendo levadas a acreditar que a fantasiosa narrativa que escutavam era verdadeira.
Em “Verdades e mentiras”, um de seus últimos trabalhos finalizados em vida, o diretor ata as pontas de sua biografia, investigando as fronteiras entre os dois pólos do título.
Entrevistando um pintor de falsificações e o biógrafo deste, igualmente um farsante, Welles reflete também sobre o ofício artístico e o que significa ser autêntico e original.
Num ritmo ágil, fragmentado, o filme confere ênfase à presença e aos truques de Welles por trás de tudo o que é apresentado na tela. Assim, em sua própria fabricação, o documentário se torna um exemplo dos temas abordados em seu centro.
Neste instigante jogo de espelhos, Orson Welles parece referendar a frase do pintor Picasso, repetida a certa altura: “A arte é uma mentira que nos faz perceber a verdade.”