“Negar o seu dever é renegar a si mesmo”
Por Matheus Bazzo
|
13.jan.2025
Midle Dot

Não há como escapar do que você deve fazer. Negar o seu dever é renegar a si mesmo. Atalhos não existem e toda negação às responsabilidades é um desvio da realização individual.

Não se entende aqui como responsabilidade estritamente as exigências de uma vida profissional, mas todas as demandas onde estamos instalados e somos seus receptores seja na vida familiar, conjugal, espiritual, etc.

A responsabilidade é o jardim onde floresce a personalidade. Um jardim aparentemente árido aos que o negam e ficam ao relento, mas infinitamente fértil aos que o abraçam e cultivam.

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7 filmes sobre assumir a responsabilidade e fazer o que deve ser feito, para assistir e se inspirar:

Por Redação Lumine

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1- Doze Homens e uma Sentença

Os jurados de um caso de homicídio reúnem-se para decidir o veredicto que pode condenar um homem à morte. Todos os presentes estão convencidos da culpa do réu, à exceção de u, que vai precisar utilizar os melhores argumentos para fazer os demais revisitarem suas ideia. Tem assim início a uma intensa disputa para que, ao fim e ao cabo, todos ajam de acordo com a responsabilidade que receberam e nenhuma injustiça seja cometida. “12 homens e uma sentença” é uma aula de ritmo e condução narrativa, possuindo a beleza de um teorema sendo revelado. Nessa eletrizante obra-prima assistimos, atentos, à verdade sendo dada à luz.

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2- Glória Feita de Sangue

Mistura de filme de guerra e tribunal, “Glória feita de sangue”, de 1957, é uma das obras mais importantes da consagrada filmografia do diretor Stanley Kubrick. Após uma missão mal-sucedida na Primeira Guerra Mundial, oficiais superiores do exército francês acusam três soldados de terem agido com covardia e insubordinação. Contrapondo-se à tentativa de responsabilizar inocentes por erros que não cometeram, o Coronel Dax encarrega-se de defender esses homens diante da corte marcial. Entre as trincheiras do campo de batalha e nos palácios, assistimos à luta entre simples indivíduos e o poder das instituições, capazes de fazer tantas pessoas esquecerem a humanidade em si mesmas e no próximo.

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3- A Festa de Babette

Certa noite, num vilarejo remoto na Dinamarca, uma francesa chamada Babette Hersant bate à porta de duas irmãs. Ela foge da repressão contra a Comuna em 1871, pede abrigo, e é acolhida. Anos depois, Babette recebe a notícia de que ganhou um prêmio de loteria em Paris, mas ela decide ficar e, com esse dinheiro, decide realizar um jantar inesquecível para as irmãs e outros convidados, como forma de agradecimento. Cozinhando com o corpo e a alma, colocando em prática para os outros todos os seus dons, Babette ensina que, feitas com boa vontade, nossas ações podem ter uma força transcendente.

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4- A Lenda do Santo Beberrão

Certo dia, um morador de rua chamado Andreas Kartak recebe uma quantia em dinheiro de um desconhecido, com uma única condição: quando puder, ir a uma igreja e depositar o mesmo valor aos pés de uma imagem de Santa Teresinha do Menino Jesus. No entanto, algo sempre impede o homem de cumprir a promessa: uma antiga paixão, um velho conhecido ou seu próprio vício em bebida surgem como obstáculos para ele. Cada tropeço, porém, é seguido de uma nova chance para que Andreas se reerga e retome a caminhada, relembrando-se de quem ele no fundo é, apesar de suas falhas. Dirigido por Ermanno Olmi, “A lenda do santo beberrão” é a comovente história de nossas muitas quedas e recomeços.

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5- Uma História Real

Em “Uma História Real”, conhecemos Alvin Straight, um homem idoso que parte numa travessia pelas estradas do país a bordo do seu simples cortador de grama. O motivo? Ele descobre que o irmão que não vê há anos está doente e pode morrer a qualquer momento. Por isso, fará de tudo para encontrá-lo enquanto há tempo. Acompanhando sua delicada busca por reconciliação, o espectador descobre a importância de fazer o que é necessário.

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6- Um Condenado à Morte Escapou

Um membro da resistência contra os nazistas na França planeja a fuga da prisão. No cotidiano do cárcere, esse trabalho é lento, meticuloso. É preciso transformar os raros objetos que o cercam em chaves para acessar de volta o mundo. As cenas são filmadas pelo cineasta Robert Bresson como pequenos rituais cujo somatório poderá fazer com que o prisioneiro consiga alcançar sua meta. Imerso em uma circunstância terrível, que impõe o desespero a muitos companheiros de cela, o homem mantém o olhar para o alto, todo dia praticando um pouco do seu plano. Baseada em fatos reais, esta é uma história instigante de fé e obstinação. 

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7- Viver

O senhor Kanji Watanabe descobre ter pouco tempo de vida devido a uma grave doença. Após décadas passadas entre carimbos e papéis, tendo como única perspectiva de futuro a conservação de sua posição de burocrata, ele sentirá a necessidade de sair da inércia. Como diz o famoso verso do poeta alemão Rainer Maria Rilke: “Precisas mudar de vida”. Como na novela “A morte de Ivan Ilitch”, de Liev Tolstói, a proximidade do fim faz o protagonista refletir acerca das suas decisões, do que ficou pelo caminho e do que precisa fazer para que sua passagem pelo mundo não seja em vão. Através da história do Senhor Watanabe, o filme “Viver” mostra que, até o último momento, é possível lutar para conferir sentido à vida.

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Não há como escapar do que você deve fazer. Negar o seu dever é renegar a si mesmo. Atalhos não existem e toda negação às responsabilidades é um desvio da realização individual.

Não se entende aqui como responsabilidade estritamente as exigências de uma vida profissional, mas todas as demandas onde estamos instalados e somos seus receptores seja na vida familiar, conjugal, espiritual, etc.

A responsabilidade é o jardim onde floresce a personalidade. Um jardim aparentemente árido aos que o negam e ficam ao relento, mas infinitamente fértil aos que o abraçam e cultivam.

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7 filmes sobre assumir a responsabilidade e fazer o que deve ser feito, para assistir e se inspirar:

Por Redação Lumine

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1- Doze Homens e uma Sentença

Os jurados de um caso de homicídio reúnem-se para decidir o veredicto que pode condenar um homem à morte. Todos os presentes estão convencidos da culpa do réu, à exceção de u, que vai precisar utilizar os melhores argumentos para fazer os demais revisitarem suas ideia. Tem assim início a uma intensa disputa para que, ao fim e ao cabo, todos ajam de acordo com a responsabilidade que receberam e nenhuma injustiça seja cometida. “12 homens e uma sentença” é uma aula de ritmo e condução narrativa, possuindo a beleza de um teorema sendo revelado. Nessa eletrizante obra-prima assistimos, atentos, à verdade sendo dada à luz.

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2- Glória Feita de Sangue

Mistura de filme de guerra e tribunal, “Glória feita de sangue”, de 1957, é uma das obras mais importantes da consagrada filmografia do diretor Stanley Kubrick. Após uma missão mal-sucedida na Primeira Guerra Mundial, oficiais superiores do exército francês acusam três soldados de terem agido com covardia e insubordinação. Contrapondo-se à tentativa de responsabilizar inocentes por erros que não cometeram, o Coronel Dax encarrega-se de defender esses homens diante da corte marcial. Entre as trincheiras do campo de batalha e nos palácios, assistimos à luta entre simples indivíduos e o poder das instituições, capazes de fazer tantas pessoas esquecerem a humanidade em si mesmas e no próximo.

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3- A Festa de Babette

Certa noite, num vilarejo remoto na Dinamarca, uma francesa chamada Babette Hersant bate à porta de duas irmãs. Ela foge da repressão contra a Comuna em 1871, pede abrigo, e é acolhida. Anos depois, Babette recebe a notícia de que ganhou um prêmio de loteria em Paris, mas ela decide ficar e, com esse dinheiro, decide realizar um jantar inesquecível para as irmãs e outros convidados, como forma de agradecimento. Cozinhando com o corpo e a alma, colocando em prática para os outros todos os seus dons, Babette ensina que, feitas com boa vontade, nossas ações podem ter uma força transcendente.

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4- A Lenda do Santo Beberrão

Certo dia, um morador de rua chamado Andreas Kartak recebe uma quantia em dinheiro de um desconhecido, com uma única condição: quando puder, ir a uma igreja e depositar o mesmo valor aos pés de uma imagem de Santa Teresinha do Menino Jesus. No entanto, algo sempre impede o homem de cumprir a promessa: uma antiga paixão, um velho conhecido ou seu próprio vício em bebida surgem como obstáculos para ele. Cada tropeço, porém, é seguido de uma nova chance para que Andreas se reerga e retome a caminhada, relembrando-se de quem ele no fundo é, apesar de suas falhas. Dirigido por Ermanno Olmi, “A lenda do santo beberrão” é a comovente história de nossas muitas quedas e recomeços.

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5- Uma História Real

Em “Uma História Real”, conhecemos Alvin Straight, um homem idoso que parte numa travessia pelas estradas do país a bordo do seu simples cortador de grama. O motivo? Ele descobre que o irmão que não vê há anos está doente e pode morrer a qualquer momento. Por isso, fará de tudo para encontrá-lo enquanto há tempo. Acompanhando sua delicada busca por reconciliação, o espectador descobre a importância de fazer o que é necessário.

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6- Um Condenado à Morte Escapou

Um membro da resistência contra os nazistas na França planeja a fuga da prisão. No cotidiano do cárcere, esse trabalho é lento, meticuloso. É preciso transformar os raros objetos que o cercam em chaves para acessar de volta o mundo. As cenas são filmadas pelo cineasta Robert Bresson como pequenos rituais cujo somatório poderá fazer com que o prisioneiro consiga alcançar sua meta. Imerso em uma circunstância terrível, que impõe o desespero a muitos companheiros de cela, o homem mantém o olhar para o alto, todo dia praticando um pouco do seu plano. Baseada em fatos reais, esta é uma história instigante de fé e obstinação. 

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7- Viver

O senhor Kanji Watanabe descobre ter pouco tempo de vida devido a uma grave doença. Após décadas passadas entre carimbos e papéis, tendo como única perspectiva de futuro a conservação de sua posição de burocrata, ele sentirá a necessidade de sair da inércia. Como diz o famoso verso do poeta alemão Rainer Maria Rilke: “Precisas mudar de vida”. Como na novela “A morte de Ivan Ilitch”, de Liev Tolstói, a proximidade do fim faz o protagonista refletir acerca das suas decisões, do que ficou pelo caminho e do que precisa fazer para que sua passagem pelo mundo não seja em vão. Através da história do Senhor Watanabe, o filme “Viver” mostra que, até o último momento, é possível lutar para conferir sentido à vida.

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