Nos últimos anos, o ator Juliano Cazarré vem chamando a atenção por falar publicamente da sua religião e de suas práticas devocionais.
No seu perfil do Instagram, por exemplo, Cazarré faz lives rezando o terço mariano junto com os seus seguidores e sempre está convidando as pessoas a rezar, a ir à igreja e a estudar mais sobre a religião.
Em 2021, Cazarré participou do Efeito Lumine, evento da Lumine que reuniu vários convidados para falar de cinema, de arte e de religião. Na ocasião, o ator contou como aconteceu o seu processo de conversão, iniciado depois de ele ter interpretado Jesus Cristo na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco.
Cazarré ressaltou o quanto a sua conversão foi importante para superar um momento particularmente difícil da sua vida. Ao ser indagado a respeito do processo de preparação para interpretar Cristo e de como isso afetou a percepção que ele tinha da religião, o ator respondeu:
[Quando aceitei o papel], eu já tinha aceitado Cristo como o meu Senhor, como o meu Salvador. Por uma questão minha, pessoal, eu acho que eu cheguei no fundo de um poço. E para sair desse poço, cara, eu só consegui começar a sair quando eu aceitei Cristo. Quem me trouxe foi um amigo, que é surfista lá no Rio de Janeiro, e morava perto de mim. Esse cara ficou comigo durante uma noite que foi a noite mais escura que eu vivi. Assim, esse cara ficou comigo. E ele me trouxe Cristo, vivo, naquela noite. Foi um momento em que eu tive certeza que o Senhor Jesus estava comigo. Aquele foi o meu momento de conversão. E a partir dali eu voltei às minhas orações de infância, da adolescência. Eu rezava para Jesus e para a Nossa Senhora, que é como eu fui ensinado. Mas eu não estava na Igreja ainda, não estava na Igreja Católica, então eu não tinha o conhecimento da fé.
Depois de ter passado por essa primeira conversão, Cazarré percebeu que era necessário conhecer mais profundamente as verdades da fé, a teologia e a doutrina da Igreja Católica. Além de se preparar para o papel de Cristo, depois da apresentação o ator começou a estudar os evangelhos e outros assuntos relacionados à religião católica. Ele conta:
Eu não tinha um conhecimento profundo dos Evangelhos. Então, para me preparar para fazer Jesus, eu fui ler os Evangelhos sinóticos. Aí eu fui ver as passagens da vida de Cristo, entender o que era aquilo e pensar como eu ia fazer. Até por ter, na época, uma teologia muito pobre, eu acho que se eu fizesse hoje eu já faria algumas coisas diferentes. Porque eu não sei nem até que ponto eu sabia que Jesus Cristo era Deus. Eu não sei se eu tinha essa noção na época em que eu fui fazer. E eu não sabia nada sobre o dogma da Imaculada Conceição. Eu não entendia o mistério da Trindade. Mas mesmo assim eu fui. De peito aberto, feliz de estar indo. Porque era uma coisa que eu pedi que acontecesse na minha vida.
E lá funciona assim: você vai em outubro, mais ou menos, grava umas imagens de promoção, que é para vender a peça no ano seguinte, e depois você volta, na Páscoa, para fazer a peça. Nesse período de intervalo, eu me converti, eu voltei para a Igreja. Depois de já ter gravado lá, eu pensei: “Nossa, que vontade de ir na missa”. E aí eu fui numa missa num domingo. Segunda-feira eu estava na igreja, pedi para me confessar. Aí eu entendi que eu não era casado, que eu precisava me casar na igreja. Daí eu comecei a ir em todas as missas. Não perdi mais um domingo. Daqui a pouco a minha esposa veio, a gente casou e tudo aconteceu.
Foi de uns três quatro anos para cá. E aí é que eu fui estudar, né? Estudar o que é a missa, o que é a teologia. Mas, na época, para fazer Jesus, eu estudei os Evangelhos Sinóticos. Então, vocês me perguntaram se ter interpretado Jesus aumentou a minha fé. Não. Não aumentou a minha fé. Me trouxe a fé. Eu não tinha a fé. Foi o fato de eu ter ido fazer Jesus na Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, em Pernambuco, que me trouxe a fé. Que me fez chegar na fé, que me fez chegar na igreja, sabe? Pesquisar sobre a tradição, sobre a doutrina, a teologia e tudo o mais…
Ao entrar em contato com a tradição, a doutrina, a teologia e as práticas da Igreja como um todo, Cazarré começou a descobrir a grande riqueza do catolicismo brasileiro. Ele começou a investigar a história dos santos brasileiros e a vida cotidiana das pessoas piedosas.
Nesse processo, Cazarré decidiu se aprofundar no fenômeno da santidade no Brasil. Ainda durante o Efeito Lumine, ao abordar a história de São José de Anchieta, o ator declarou:
“Depois que eu conheci a história de São José de Anchieta, eu ganhei mais um santo de devoção. E eu tenho certeza que lá no céu ele continua querendo o bem do Brasil. Ele está lá em cima falando: ‘vocês vão dar certo, meus filhos. Não parem de rezar, não desistam. A semente que eu plantei continua aqui’. Nós sabemos que o Brasil tem vários problemas, é um país violento, é um país corrupto. Por outro lado, é um dos melhores países do mundo para você viver. O caos brasileiro poderia ser muito pior, mas não é. Porque o Brasil é um país que foi entregue a Cristo, desde o princípio.
Mesmo com todos os descaminhos desses 500 anos de história, há algo de muito sólido que foi plantado lá atrás e que segue vivo no coração do povo brasileiro. E está brotando de novo, está renascendo. De alguns anos para cá a gente tem visto conversões de onde a gente menos esperava. E está vindo mais e mais gente. Esse movimento está crescendo, é perceptível. E eu acho que a gente tem que ter muita confiança na intercessão de São José de Anchieta. Eu realmente acredito que o Brasil tem uma grande lição para ensinar ao mundo. E essa lição está relacionada com uma grande frase do Nelson Rodrigues em que ele diz: ‘Que país seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro'”.
Essa pesquisa sobre os santos brasileiros culminou na produção de uma série original dirigida por Cazarré em parceria com a Lumine: O Brasil de todos os santos. É uma série inédita e histórica que você não pode perder. Acesse o link e tenha acesso a todos os episódios.
Nos últimos anos, o ator Juliano Cazarré vem chamando a atenção por falar publicamente da sua religião e de suas práticas devocionais.
No seu perfil do Instagram, por exemplo, Cazarré faz lives rezando o terço mariano junto com os seus seguidores e sempre está convidando as pessoas a rezar, a ir à igreja e a estudar mais sobre a religião.
Em 2021, Cazarré participou do Efeito Lumine, evento da Lumine que reuniu vários convidados para falar de cinema, de arte e de religião. Na ocasião, o ator contou como aconteceu o seu processo de conversão, iniciado depois de ele ter interpretado Jesus Cristo na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco.
Cazarré ressaltou o quanto a sua conversão foi importante para superar um momento particularmente difícil da sua vida. Ao ser indagado a respeito do processo de preparação para interpretar Cristo e de como isso afetou a percepção que ele tinha da religião, o ator respondeu:
[Quando aceitei o papel], eu já tinha aceitado Cristo como o meu Senhor, como o meu Salvador. Por uma questão minha, pessoal, eu acho que eu cheguei no fundo de um poço. E para sair desse poço, cara, eu só consegui começar a sair quando eu aceitei Cristo. Quem me trouxe foi um amigo, que é surfista lá no Rio de Janeiro, e morava perto de mim. Esse cara ficou comigo durante uma noite que foi a noite mais escura que eu vivi. Assim, esse cara ficou comigo. E ele me trouxe Cristo, vivo, naquela noite. Foi um momento em que eu tive certeza que o Senhor Jesus estava comigo. Aquele foi o meu momento de conversão. E a partir dali eu voltei às minhas orações de infância, da adolescência. Eu rezava para Jesus e para a Nossa Senhora, que é como eu fui ensinado. Mas eu não estava na Igreja ainda, não estava na Igreja Católica, então eu não tinha o conhecimento da fé.
Depois de ter passado por essa primeira conversão, Cazarré percebeu que era necessário conhecer mais profundamente as verdades da fé, a teologia e a doutrina da Igreja Católica. Além de se preparar para o papel de Cristo, depois da apresentação o ator começou a estudar os evangelhos e outros assuntos relacionados à religião católica. Ele conta:
Eu não tinha um conhecimento profundo dos Evangelhos. Então, para me preparar para fazer Jesus, eu fui ler os Evangelhos sinóticos. Aí eu fui ver as passagens da vida de Cristo, entender o que era aquilo e pensar como eu ia fazer. Até por ter, na época, uma teologia muito pobre, eu acho que se eu fizesse hoje eu já faria algumas coisas diferentes. Porque eu não sei nem até que ponto eu sabia que Jesus Cristo era Deus. Eu não sei se eu tinha essa noção na época em que eu fui fazer. E eu não sabia nada sobre o dogma da Imaculada Conceição. Eu não entendia o mistério da Trindade. Mas mesmo assim eu fui. De peito aberto, feliz de estar indo. Porque era uma coisa que eu pedi que acontecesse na minha vida.
E lá funciona assim: você vai em outubro, mais ou menos, grava umas imagens de promoção, que é para vender a peça no ano seguinte, e depois você volta, na Páscoa, para fazer a peça. Nesse período de intervalo, eu me converti, eu voltei para a Igreja. Depois de já ter gravado lá, eu pensei: “Nossa, que vontade de ir na missa”. E aí eu fui numa missa num domingo. Segunda-feira eu estava na igreja, pedi para me confessar. Aí eu entendi que eu não era casado, que eu precisava me casar na igreja. Daí eu comecei a ir em todas as missas. Não perdi mais um domingo. Daqui a pouco a minha esposa veio, a gente casou e tudo aconteceu.
Foi de uns três quatro anos para cá. E aí é que eu fui estudar, né? Estudar o que é a missa, o que é a teologia. Mas, na época, para fazer Jesus, eu estudei os Evangelhos Sinóticos. Então, vocês me perguntaram se ter interpretado Jesus aumentou a minha fé. Não. Não aumentou a minha fé. Me trouxe a fé. Eu não tinha a fé. Foi o fato de eu ter ido fazer Jesus na Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, em Pernambuco, que me trouxe a fé. Que me fez chegar na fé, que me fez chegar na igreja, sabe? Pesquisar sobre a tradição, sobre a doutrina, a teologia e tudo o mais…
Ao entrar em contato com a tradição, a doutrina, a teologia e as práticas da Igreja como um todo, Cazarré começou a descobrir a grande riqueza do catolicismo brasileiro. Ele começou a investigar a história dos santos brasileiros e a vida cotidiana das pessoas piedosas.
Nesse processo, Cazarré decidiu se aprofundar no fenômeno da santidade no Brasil. Ainda durante o Efeito Lumine, ao abordar a história de São José de Anchieta, o ator declarou:
“Depois que eu conheci a história de São José de Anchieta, eu ganhei mais um santo de devoção. E eu tenho certeza que lá no céu ele continua querendo o bem do Brasil. Ele está lá em cima falando: ‘vocês vão dar certo, meus filhos. Não parem de rezar, não desistam. A semente que eu plantei continua aqui’. Nós sabemos que o Brasil tem vários problemas, é um país violento, é um país corrupto. Por outro lado, é um dos melhores países do mundo para você viver. O caos brasileiro poderia ser muito pior, mas não é. Porque o Brasil é um país que foi entregue a Cristo, desde o princípio.
Mesmo com todos os descaminhos desses 500 anos de história, há algo de muito sólido que foi plantado lá atrás e que segue vivo no coração do povo brasileiro. E está brotando de novo, está renascendo. De alguns anos para cá a gente tem visto conversões de onde a gente menos esperava. E está vindo mais e mais gente. Esse movimento está crescendo, é perceptível. E eu acho que a gente tem que ter muita confiança na intercessão de São José de Anchieta. Eu realmente acredito que o Brasil tem uma grande lição para ensinar ao mundo. E essa lição está relacionada com uma grande frase do Nelson Rodrigues em que ele diz: ‘Que país seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro'”.
Essa pesquisa sobre os santos brasileiros culminou na produção de uma série original dirigida por Cazarré em parceria com a Lumine: O Brasil de todos os santos. É uma série inédita e histórica que você não pode perder. Acesse o link e tenha acesso a todos os episódios.
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