São amplamente conhecidos os relatos de aparições marianas, sob o título de “Rainha da Paz”, no vilarejo de Medjugorje (hoje na Bósnia, na época Iugoslávia), desde 1981, a seis jovens, na época de 10 a 16 anos.
Depois de muito ser consultado a respeito, o Vaticano publicou nesta quinta-feira, 19 de setembro de 2024, um documento intitulado “A Rainha da Paz: nota sobre a experiência espiritual ligada a Medjugorje”. O discernimento se dá dentro do contexto das novas diretrizes da Igreja a respeito das aparições, publicadas pelo próprio Vaticano em junho deste ano, em um documento por sua vez intitulado de “Normas para proceder no discernimento de presumidos fenômenos sobrenaturais”.
Pelas diretrizes atuais, a Igreja não declara mais a “sobrenaturalidade” a respeito deste tipo de fenômeno, como era no passado. A avaliação se dá a nível pastoral, de acordo com os critérios de discernimento, principalmente os frutos espirituais. Na hipótese de uma declaração positiva, os fiéis ficam livres para crerem ou não.
Isso enfatiza que, para um católico, não se é obrigado a crer nas revelações particulares, uma vez que a Revelação completa de Deus ao ser humano se dá em Jesus. As revelações particulares, quando autênticas, têm a função de auxiliar a viver o Evangelho de Cristo em um determinado contexto histórico (cf. Catecismo da Igreja Católica, n.65-67).
A respeito de Medjugorje, o novo documento enfatiza os excelentes frutos espirituais (n.3): conversões numerosas, retorno à vida sacramental, vocações à vida sacerdotal, religiosa e matrimonial, aprofundamento da fé, oração, reconciliação de casais, renovação de famílias. O fenômeno espiritual de Medjugorje é colocado, assim, na categoria de “nihil obstat”, ou seja, não há empecilho algum para que se creia na origem sobrenatural dos fenômenos e para que se divulgue (n.38). Segundo as atuais diretrizes da Igreja, é a categoria mais alta que pode ser dada a um fenômeno como este. Por outro lado, de acordo com as mesmas diretrizes atuais, a declaração não é um atestado de “sobrenaturalidade”. Isso significa que cada um segue livre para crer ou não nas aparições.
Em relação às mensagens, o documento apresenta um precioso estudo, destacando elementos centrais e positivos em todo o conjunto das mesmas: o chamado à paz, à caridade, à abertura para a ação do Espírito Santo, à conversão, à comunhão fraterna, à alegria, à gratidão, à oração e ao testemunho, ao mesmo tempo que é mostrada da centralidade da Eucaristia e a perspectiva da vida eterna (n. 6-26). O texto cita também o risco de “algumas poucas mensagens” (n.27) serem mal interpretadas e prejudicarem o fenômeno como um todo, e faz alguns esclarecimentos necessários neste sentido, apontando sempre para o cristocentrismo (n. 37): com efeito, Jesus é o centro, e a Virgem Maria aquela que nos leva a Jesus.
O documento conclui citando uma linda mensagem (n.42), dando um exemplo desta “chave cristocêntrica”, através da qual devem ser interpretadas todas as mensagens:
“Queridos filhos, as minhas palavras são simples […]. Eu vos chamo a meu Filho. Só Ele pode transformar o desespero e o sofrimento em paz e serenidade. Só Ele pode dar esperança nas dores mais profundas. Meu Filho é a vida do mundo. Quanto mais o conhecerdes, quanto mais vos aproximardes dele, tanto mais o amareis, porque meu Filho é o Amor. O amor transforma cada coisa, torna belíssimo mesmo aquilo que sem amor vos parece insignificante.” (02.09.2018)
Feitas essas considerações, o culto à Rainha da Paz, conforme o “fenômeno espiritual de Medjugorje”, é oficialmente aprovado pela Igreja. E podemos suplicar com a Igreja: Rainha da Paz, rogai por nós!
Está disponível na Lumine o documentário O último chamado de Maria, que aborda as peregrinações a Medjuogorje. Assine a plataforma hoje mesmo e assista a este e a centenas de outros filmes e séries inspiradores.
São amplamente conhecidos os relatos de aparições marianas, sob o título de “Rainha da Paz”, no vilarejo de Medjugorje (hoje na Bósnia, na época Iugoslávia), desde 1981, a seis jovens, na época de 10 a 16 anos.
Depois de muito ser consultado a respeito, o Vaticano publicou nesta quinta-feira, 19 de setembro de 2024, um documento intitulado “A Rainha da Paz: nota sobre a experiência espiritual ligada a Medjugorje”. O discernimento se dá dentro do contexto das novas diretrizes da Igreja a respeito das aparições, publicadas pelo próprio Vaticano em junho deste ano, em um documento por sua vez intitulado de “Normas para proceder no discernimento de presumidos fenômenos sobrenaturais”.
Pelas diretrizes atuais, a Igreja não declara mais a “sobrenaturalidade” a respeito deste tipo de fenômeno, como era no passado. A avaliação se dá a nível pastoral, de acordo com os critérios de discernimento, principalmente os frutos espirituais. Na hipótese de uma declaração positiva, os fiéis ficam livres para crerem ou não.
Isso enfatiza que, para um católico, não se é obrigado a crer nas revelações particulares, uma vez que a Revelação completa de Deus ao ser humano se dá em Jesus. As revelações particulares, quando autênticas, têm a função de auxiliar a viver o Evangelho de Cristo em um determinado contexto histórico (cf. Catecismo da Igreja Católica, n.65-67).
A respeito de Medjugorje, o novo documento enfatiza os excelentes frutos espirituais (n.3): conversões numerosas, retorno à vida sacramental, vocações à vida sacerdotal, religiosa e matrimonial, aprofundamento da fé, oração, reconciliação de casais, renovação de famílias. O fenômeno espiritual de Medjugorje é colocado, assim, na categoria de “nihil obstat”, ou seja, não há empecilho algum para que se creia na origem sobrenatural dos fenômenos e para que se divulgue (n.38). Segundo as atuais diretrizes da Igreja, é a categoria mais alta que pode ser dada a um fenômeno como este. Por outro lado, de acordo com as mesmas diretrizes atuais, a declaração não é um atestado de “sobrenaturalidade”. Isso significa que cada um segue livre para crer ou não nas aparições.
Em relação às mensagens, o documento apresenta um precioso estudo, destacando elementos centrais e positivos em todo o conjunto das mesmas: o chamado à paz, à caridade, à abertura para a ação do Espírito Santo, à conversão, à comunhão fraterna, à alegria, à gratidão, à oração e ao testemunho, ao mesmo tempo que é mostrada da centralidade da Eucaristia e a perspectiva da vida eterna (n. 6-26). O texto cita também o risco de “algumas poucas mensagens” (n.27) serem mal interpretadas e prejudicarem o fenômeno como um todo, e faz alguns esclarecimentos necessários neste sentido, apontando sempre para o cristocentrismo (n. 37): com efeito, Jesus é o centro, e a Virgem Maria aquela que nos leva a Jesus.
O documento conclui citando uma linda mensagem (n.42), dando um exemplo desta “chave cristocêntrica”, através da qual devem ser interpretadas todas as mensagens:
“Queridos filhos, as minhas palavras são simples […]. Eu vos chamo a meu Filho. Só Ele pode transformar o desespero e o sofrimento em paz e serenidade. Só Ele pode dar esperança nas dores mais profundas. Meu Filho é a vida do mundo. Quanto mais o conhecerdes, quanto mais vos aproximardes dele, tanto mais o amareis, porque meu Filho é o Amor. O amor transforma cada coisa, torna belíssimo mesmo aquilo que sem amor vos parece insignificante.” (02.09.2018)
Feitas essas considerações, o culto à Rainha da Paz, conforme o “fenômeno espiritual de Medjugorje”, é oficialmente aprovado pela Igreja. E podemos suplicar com a Igreja: Rainha da Paz, rogai por nós!
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