Poucos fenômenos na história da Igreja Católica são tão intrigantes e fascinantes quanto os estigmas — as chagas da Paixão de Cristo reproduzidas no corpo de alguns santos. Entre todos os estigmatizados, nenhum foi tão estudado, amado e controverso quanto Padre Pio de Pietrelcina. Seus estigmas marcaram não apenas seu corpo, mas a história da Igreja no século XX, atraindo multidões, despertando dúvidas e provocando profundas reflexões sobre a natureza do sofrimento e da santidade.
Assista ao filme “O Mistério de Padre Pio” e conheça agora mesmo a história do primeiro sacerdote estigmatizado da história.
A história começa em 7 de setembro de 1910, na Piana Romana. Padre Pio, então com 23 anos, estava em oração quando teve uma visão de Jesus e Maria. Durante o êxtase, sentiu uma dor intensa nas palmas das mãos e percebeu pequenas manchas vermelhas do tamanho de uma moeda.
Esses sinais, no entanto — as primeiras “sombras” dos estigmas — desapareceram após alguns dias, sem deixar cicatrizes. Por vergonha, Padre Pio tentou ocultar tudo, usando luvas ou as mangas do hábito para esconder as mãos.
Um ano depois, em 7 de setembro de 1911, as marcas reapareceram, mas desta vez de forma dolorosa e persistente. Foi então que Padre Pio decidiu revelar o ocorrido a seus superiores, procurando o arcipreste don Panullo e mostrando-lhe o que pareciam ser feridas de punção. Panullo, impressionado, recomendou que ele fosse examinado.
O primeiro diagnóstico foi de tuberculose cutânea, mas o médico Dr. Andrea Cardone rejeitou a hipótese: as feridas pareciam atravessar as mãos de fora a fora e não apresentavam características de nenhuma doença conhecida.
Essas primeiras manifestações, mesmo depois de examinadas, desapareceram novamente — um mistério que deixava claro que um fenômeno incomum estava acontecendo.
Foi apenas em 20 de setembro de 1918, em San Giovanni Rotondo, que as chagas se tornaram permanentes. Padre Pio teve uma visão de uma “Misteriosa Figura”, que depois identificou como Cristo, gotejando sangue das mãos, dos pés e do lado. Ele descreveu ter sentido como se fosse morrer de susto. Ao recobrar os sentidos, viu em seu corpo os sinais sangrentos da Paixão.
Para ele, aquilo não era uma honra, mas um chamado. “Uno-te à minha Paixão”, teria dito o Senhor. Padre Pio passou a se ver como uma “vítima do amor divino”, convidado a sofrer com Cristo para colaborar na salvação das almas.
As estigmas de Padre Pio impressionavam por vários aspectos:
As chagas de Padre Pio foram objeto de inúmeros exames e polêmicas, inclusive gerados por membros da Santa Igreja. Alguns médicos, como o Dr. Andrea Cardone e o Dr. Giorgio Festa, chegaram a descrevê-las como de origem inexplicável. Outros, como o Dr. Amico Bignami, afirmavam que eram superficiais, uma vez que radiografias realizadas em 1954 não mostraram anomalias ósseas.
Mesmo diante de diversas investigações médicas e de todo o sofrimento causado por esses estigmas, não faltaram suspeitas. Alguns sugeriram que Padre Pio teria usado ácido carbólico para produzir artificialmente as feridas. Ele admitiu ter solicitado o produto, mas para desinfetar seringas, negando qualquer fraude.
Críticas mais severas vieram de figuras como Pe. Agostinho Gemelli, que o considerava “psicopata”, e do Mons. Maccari, cujo relatório para o Santo Ofício o acusava de dupla vida. No entanto, a Igreja jamais emitiu uma condenação definitiva. Quando os estigmas de Padre Pio começaram a atrair multidões de fiéis do mundo inteiro — fazendo muitos deles cortarem pedaços de suas roupas em busca de milagres, o Vaticano impôs algumas restrições, mas com o propósito de conter o fanatismo popular, e não necessariamente desmascarar uma fraude.
A Igreja nunca emitiu uma explicação científica definitiva para os estigmas de Padre Pio — e talvez justamente aí resida sua força espiritual. Para a fé católica, os estigmas não são apenas um fenômeno físico, mas um sinal místico: uma participação real na Paixão de Cristo. O próprio Padre Pio entendia suas chagas como um chamado a sofrer em união com Jesus pela conversão das almas.
Os Papas tiveram diferentes posturas ao longo do tempo. Bento XV o chamava de “homem de Deus” e via nele um sinal da presença divina. João XXIII, mais cauteloso, chegou a considerar os relatos sobre ele preocupantes, após investigações que levantaram suspeitas. Mas foi São João Paulo II quem, anos depois, reconheceu publicamente o valor espiritual do frade, chamando-o de “imagem viva do Cristo sofredor” e dando início ao seu processo de canonização.
No fim, a posição oficial da Igreja é de reconhecimento: os estigmas de Padre Pio são aceitos como autênticos, não apenas por sua constância ao longo de 50 anos, mas porque deram frutos espirituais abundantes — conversões, confissões e uma renovada devoção à Eucaristia. Mais do que provar algo para a ciência, a Igreja os lê como um sinal de que o sofrimento pode ser redentor e capaz de salvar almas quando unido ao de Cristo.
Curiosamente, próximo de sua morte, as chagas começaram a desaparecer. Na primavera de 1968, restavam apenas crostas esmaecidas. No dia 23 de setembro, quando faleceu, seu corpo estava intacto, sem qualquer cicatriz, como se nunca tivesse carregado as chagas por cinquenta anos. Para muitos, isso foi o último milagre: o sinal desapareceu porque a missão estava cumprida.
Padre Pio foi examinado, questionado, acusado e, por fim, venerado. Os estigmas que marcaram seu corpo permanecem um mistério aberto, mas também um convite.
Como escreveu um de seus biógrafos: “Algo de muito incomum se passava com Padre Pio.” E talvez seja justamente isso que continua a atrair milhares de peregrinos: o fato de que, em um pequeno convento no sul da Itália, um homem vivenciou na própria pele o mistério da Cruz.
Se você ficou fascinado pela história dos estigmas de Padre Pio e quer mergulhar mais fundo em sua vida, suas experiências místicas e os desafios que enfrentou, há uma forma de se aproximar ainda mais desse mistério
Assista ao filme “O Mistério de Padre Pio” e conheça agora mesmo a história do primeiro sacerdote estigmatizado da história.
Poucos fenômenos na história da Igreja Católica são tão intrigantes e fascinantes quanto os estigmas — as chagas da Paixão de Cristo reproduzidas no corpo de alguns santos. Entre todos os estigmatizados, nenhum foi tão estudado, amado e controverso quanto Padre Pio de Pietrelcina. Seus estigmas marcaram não apenas seu corpo, mas a história da Igreja no século XX, atraindo multidões, despertando dúvidas e provocando profundas reflexões sobre a natureza do sofrimento e da santidade.
Assista ao filme “O Mistério de Padre Pio” e conheça agora mesmo a história do primeiro sacerdote estigmatizado da história.
A história começa em 7 de setembro de 1910, na Piana Romana. Padre Pio, então com 23 anos, estava em oração quando teve uma visão de Jesus e Maria. Durante o êxtase, sentiu uma dor intensa nas palmas das mãos e percebeu pequenas manchas vermelhas do tamanho de uma moeda.
Esses sinais, no entanto — as primeiras “sombras” dos estigmas — desapareceram após alguns dias, sem deixar cicatrizes. Por vergonha, Padre Pio tentou ocultar tudo, usando luvas ou as mangas do hábito para esconder as mãos.
Um ano depois, em 7 de setembro de 1911, as marcas reapareceram, mas desta vez de forma dolorosa e persistente. Foi então que Padre Pio decidiu revelar o ocorrido a seus superiores, procurando o arcipreste don Panullo e mostrando-lhe o que pareciam ser feridas de punção. Panullo, impressionado, recomendou que ele fosse examinado.
O primeiro diagnóstico foi de tuberculose cutânea, mas o médico Dr. Andrea Cardone rejeitou a hipótese: as feridas pareciam atravessar as mãos de fora a fora e não apresentavam características de nenhuma doença conhecida.
Essas primeiras manifestações, mesmo depois de examinadas, desapareceram novamente — um mistério que deixava claro que um fenômeno incomum estava acontecendo.
Foi apenas em 20 de setembro de 1918, em San Giovanni Rotondo, que as chagas se tornaram permanentes. Padre Pio teve uma visão de uma “Misteriosa Figura”, que depois identificou como Cristo, gotejando sangue das mãos, dos pés e do lado. Ele descreveu ter sentido como se fosse morrer de susto. Ao recobrar os sentidos, viu em seu corpo os sinais sangrentos da Paixão.
Para ele, aquilo não era uma honra, mas um chamado. “Uno-te à minha Paixão”, teria dito o Senhor. Padre Pio passou a se ver como uma “vítima do amor divino”, convidado a sofrer com Cristo para colaborar na salvação das almas.
As estigmas de Padre Pio impressionavam por vários aspectos:
As chagas de Padre Pio foram objeto de inúmeros exames e polêmicas, inclusive gerados por membros da Santa Igreja. Alguns médicos, como o Dr. Andrea Cardone e o Dr. Giorgio Festa, chegaram a descrevê-las como de origem inexplicável. Outros, como o Dr. Amico Bignami, afirmavam que eram superficiais, uma vez que radiografias realizadas em 1954 não mostraram anomalias ósseas.
Mesmo diante de diversas investigações médicas e de todo o sofrimento causado por esses estigmas, não faltaram suspeitas. Alguns sugeriram que Padre Pio teria usado ácido carbólico para produzir artificialmente as feridas. Ele admitiu ter solicitado o produto, mas para desinfetar seringas, negando qualquer fraude.
Críticas mais severas vieram de figuras como Pe. Agostinho Gemelli, que o considerava “psicopata”, e do Mons. Maccari, cujo relatório para o Santo Ofício o acusava de dupla vida. No entanto, a Igreja jamais emitiu uma condenação definitiva. Quando os estigmas de Padre Pio começaram a atrair multidões de fiéis do mundo inteiro — fazendo muitos deles cortarem pedaços de suas roupas em busca de milagres, o Vaticano impôs algumas restrições, mas com o propósito de conter o fanatismo popular, e não necessariamente desmascarar uma fraude.
A Igreja nunca emitiu uma explicação científica definitiva para os estigmas de Padre Pio — e talvez justamente aí resida sua força espiritual. Para a fé católica, os estigmas não são apenas um fenômeno físico, mas um sinal místico: uma participação real na Paixão de Cristo. O próprio Padre Pio entendia suas chagas como um chamado a sofrer em união com Jesus pela conversão das almas.
Os Papas tiveram diferentes posturas ao longo do tempo. Bento XV o chamava de “homem de Deus” e via nele um sinal da presença divina. João XXIII, mais cauteloso, chegou a considerar os relatos sobre ele preocupantes, após investigações que levantaram suspeitas. Mas foi São João Paulo II quem, anos depois, reconheceu publicamente o valor espiritual do frade, chamando-o de “imagem viva do Cristo sofredor” e dando início ao seu processo de canonização.
No fim, a posição oficial da Igreja é de reconhecimento: os estigmas de Padre Pio são aceitos como autênticos, não apenas por sua constância ao longo de 50 anos, mas porque deram frutos espirituais abundantes — conversões, confissões e uma renovada devoção à Eucaristia. Mais do que provar algo para a ciência, a Igreja os lê como um sinal de que o sofrimento pode ser redentor e capaz de salvar almas quando unido ao de Cristo.
Curiosamente, próximo de sua morte, as chagas começaram a desaparecer. Na primavera de 1968, restavam apenas crostas esmaecidas. No dia 23 de setembro, quando faleceu, seu corpo estava intacto, sem qualquer cicatriz, como se nunca tivesse carregado as chagas por cinquenta anos. Para muitos, isso foi o último milagre: o sinal desapareceu porque a missão estava cumprida.
Padre Pio foi examinado, questionado, acusado e, por fim, venerado. Os estigmas que marcaram seu corpo permanecem um mistério aberto, mas também um convite.
Como escreveu um de seus biógrafos: “Algo de muito incomum se passava com Padre Pio.” E talvez seja justamente isso que continua a atrair milhares de peregrinos: o fato de que, em um pequeno convento no sul da Itália, um homem vivenciou na própria pele o mistério da Cruz.
Se você ficou fascinado pela história dos estigmas de Padre Pio e quer mergulhar mais fundo em sua vida, suas experiências místicas e os desafios que enfrentou, há uma forma de se aproximar ainda mais desse mistério
Assista ao filme “O Mistério de Padre Pio” e conheça agora mesmo a história do primeiro sacerdote estigmatizado da história.
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