William Shakespeare é um dos grandes escritores da literatura universal.
Sua influência na cultura pode ser medida por alguns dados: é o segundo autor de língua inglesa mais citado da história, foi inventor de mais de vinte mil palavras e é responsável por aproximadamente um décimo das expressões mais comuns faladas em seu idioma.
Autor de 37 peças de teatro (tragédias, comédias e peças históricas) e de mais de uma centena de sonetos, o dramaturgo inglês é uma referência incontornável quando se trata de literatura.
Desde a sua consolidação dentro da cultura, o cinema manteve um diálogo muito rico com o teatro, e as peças de Shakespeare sempre forneceram material para adaptações cinematográficas.
Na Lumine, o leitor poderá encontrar várias das mais célebres adaptações de Shakespeare para o cinema. Confira abaixo:
O cineasta americano Orson Welles é geralmente conhecido pela produção do filme Cidadão Kane, considerado pela crítica como um dos marcos da história do cinema.
Entretanto, antes de se tornar célebre com Kane, Welles já havia construído uma sólida carreira no teatro, e principalmente com suas adaptações de Shakespeare. Em Macbeth, Welles adapta de maneira inventiva e sombria a história do general Macbeth, o qual, após receber a profecia de que se tornará rei da Escócia, deixa-se consumir pela ambição e inicia uma série de atos cujas consequências serão trágicas para ele e para os que o circundam.
O general Othello sofre com a suspeita de que sua nova esposa o está traindo com outro homem, mas, na realidade, tudo faz parte de um grande plano orquestrado pelo ardiloso Iago.
A segunda adaptação de uma peça de Shakespeare feita por Orson Welles é mais um espetáculo de criatividade cinematográfica assinado por um dos maiores gênios da sétima arte.
Trono Manchado de sangue, de Akira Kurosawa, também é baseado no texto de Macbeth.
Segundo o crítico literário americano Harold Bloom, especialista em Shakespeare, o filme é “a melhor adaptação cinematográfica” da peça.
Curiosamente, o texto original de Shakespeare quase não aparece na adaptação de Kurosawa. Além de modificar o contexto da história, tendo-a transposto para o Japão do período feudal, Kurosawa conseguiu traduzir o espírito da peça quase que inteiramente por imagens.
É uma tragédia sobre aqueles que se acreditam capazes de ditar os rumos do destino, mas acabam devorados pelas consequências de suas próprias ações.
Durante a Guerra dos Cem Anos, o jovem rei Henrique V da Inglaterra lidera seus soldados a fim de reivindicar a coroa da França.
Contra todos os imprevistos e a impressionante desvantagem numérica de seu exército, o comandante de primeira viagem tem que provar o seu valor.
Baseada em fatos históricos, a peça de William Shakespeare inspira gerações com sua narrativa de heroísmo, coragem e destemor.
Não à toa, o filme dirigido e protagonizado por Sir Laurence Olivier no contexto da Segunda Guerra Mundial recebeu apoio de Winston Churchill.
No momento em que seu país e o mundo se viam sob ameaça, o primeiro-ministro britânico enxergava nessa obra uma expressão de ideias e valores a serem defendidos.
Muitos consideram Ricardo III o pior vilão criado por Shakespeare. Não é por acaso, pois, para alcançar o trono, o inescrupuloso e cruel aristocrata lança mão de traições, chantagens e assassinatos.
No filme de Richard Loncraine, com Sir Ian McKellen (o Gandalf, de O Senhor dos Anéis) no papel principal, o texto do autor inglês é preservado, mas a ação é transposta para o contexto de ascensão de regimes totalitários do século XX.
No bigode de Ricardo III é possível entrever os traços de Adolf Hitler; nos congressos repletos de bandeiras hasteadas uniformemente, somos remetidos às imagens de comícios nazistas, comunistas e fascistas que pululavam na Europa e em outras partes do planeta.
Assim, o filme demonstra a atemporalidade dos escritos de Shakespeare, autor que expressou como poucos o que é o ser humano — tanto em seus defeitos quanto em suas qualidades.
***
Assine a Lumine e tenha acesso a centenas de filmes e séries que inspiram a beleza, a bondade e a verdade.
William Shakespeare é um dos grandes escritores da literatura universal.
Sua influência na cultura pode ser medida por alguns dados: é o segundo autor de língua inglesa mais citado da história, foi inventor de mais de vinte mil palavras e é responsável por aproximadamente um décimo das expressões mais comuns faladas em seu idioma.
Autor de 37 peças de teatro (tragédias, comédias e peças históricas) e de mais de uma centena de sonetos, o dramaturgo inglês é uma referência incontornável quando se trata de literatura.
Desde a sua consolidação dentro da cultura, o cinema manteve um diálogo muito rico com o teatro, e as peças de Shakespeare sempre forneceram material para adaptações cinematográficas.
Na Lumine, o leitor poderá encontrar várias das mais célebres adaptações de Shakespeare para o cinema. Confira abaixo:
O cineasta americano Orson Welles é geralmente conhecido pela produção do filme Cidadão Kane, considerado pela crítica como um dos marcos da história do cinema.
Entretanto, antes de se tornar célebre com Kane, Welles já havia construído uma sólida carreira no teatro, e principalmente com suas adaptações de Shakespeare. Em Macbeth, Welles adapta de maneira inventiva e sombria a história do general Macbeth, o qual, após receber a profecia de que se tornará rei da Escócia, deixa-se consumir pela ambição e inicia uma série de atos cujas consequências serão trágicas para ele e para os que o circundam.
O general Othello sofre com a suspeita de que sua nova esposa o está traindo com outro homem, mas, na realidade, tudo faz parte de um grande plano orquestrado pelo ardiloso Iago.
A segunda adaptação de uma peça de Shakespeare feita por Orson Welles é mais um espetáculo de criatividade cinematográfica assinado por um dos maiores gênios da sétima arte.
Trono Manchado de sangue, de Akira Kurosawa, também é baseado no texto de Macbeth.
Segundo o crítico literário americano Harold Bloom, especialista em Shakespeare, o filme é “a melhor adaptação cinematográfica” da peça.
Curiosamente, o texto original de Shakespeare quase não aparece na adaptação de Kurosawa. Além de modificar o contexto da história, tendo-a transposto para o Japão do período feudal, Kurosawa conseguiu traduzir o espírito da peça quase que inteiramente por imagens.
É uma tragédia sobre aqueles que se acreditam capazes de ditar os rumos do destino, mas acabam devorados pelas consequências de suas próprias ações.
Durante a Guerra dos Cem Anos, o jovem rei Henrique V da Inglaterra lidera seus soldados a fim de reivindicar a coroa da França.
Contra todos os imprevistos e a impressionante desvantagem numérica de seu exército, o comandante de primeira viagem tem que provar o seu valor.
Baseada em fatos históricos, a peça de William Shakespeare inspira gerações com sua narrativa de heroísmo, coragem e destemor.
Não à toa, o filme dirigido e protagonizado por Sir Laurence Olivier no contexto da Segunda Guerra Mundial recebeu apoio de Winston Churchill.
No momento em que seu país e o mundo se viam sob ameaça, o primeiro-ministro britânico enxergava nessa obra uma expressão de ideias e valores a serem defendidos.
Muitos consideram Ricardo III o pior vilão criado por Shakespeare. Não é por acaso, pois, para alcançar o trono, o inescrupuloso e cruel aristocrata lança mão de traições, chantagens e assassinatos.
No filme de Richard Loncraine, com Sir Ian McKellen (o Gandalf, de O Senhor dos Anéis) no papel principal, o texto do autor inglês é preservado, mas a ação é transposta para o contexto de ascensão de regimes totalitários do século XX.
No bigode de Ricardo III é possível entrever os traços de Adolf Hitler; nos congressos repletos de bandeiras hasteadas uniformemente, somos remetidos às imagens de comícios nazistas, comunistas e fascistas que pululavam na Europa e em outras partes do planeta.
Assim, o filme demonstra a atemporalidade dos escritos de Shakespeare, autor que expressou como poucos o que é o ser humano — tanto em seus defeitos quanto em suas qualidades.
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