Desde a sua estreia no dia 4 de julho nos cinemas americanos, Som da liberdade já arrecadou mais de 200 milhões de dólares no mundo inteiro.
Considerando os números de grandes produções cinematográficas, esse número não seria assim tão expressivo.
Mas Som da liberdade é uma produção de baixo orçamento, que trata de um assunto de difícil abordagem (o tráfico humano e a exploração sexual infantil) e que teve a sua distribuição adiada porque nenhum grande estúdio aceitou distribuir o filme.
Recusado pela Disney
A produção foi concluída em 2018 e o filme seria originalmente distribuído pela Fox. Mas, com a compra da Fox pela Disney, em 2019, a distribuição de Som da liberdade foi abandonada pelo estúdio.
Então os produtores do filme decidiram reaver os direitos até encontrar uma distribuidora que aceitasse distribuí-lo. Contudo, nenhum grande estúdio queria distribuir um filme que tratava de um assunto tão delicado.
Foi apenas agora no ano de 2023, que a Angel Studios, produtora responsável pela série The Chosen, aceitou distribuir o filme e arrecadou fundos por meio de um projeto de crowdfunding.
A história do filme Som da liberdade
Na trama do filme, acompanhamos a inspiradora história de Tim Ballard, ex-agente do governo americano que fundou uma organização especializada no resgate de crianças vítimas do tráfico humano e da exploração sexual, a Operation Underground Railroad.
Som da liberdade trata de um dos casos resolvidos por Ballard: após resgatar um menino de um grupo de traficantes, o menino pede ao agente para que ele resgate também a sua irmã, que continua cativa. Ballard promete resgatá-la e assim inicia a sua missão em busca da menina pelas selvas colombianas.
O caso retratado no filme não é necessariamente um caso real, mas, segundo os produtores, é uma história que serve para sintetizar como funciona a rede de tráfico mundial e as operações da organização de Ballard.
Ballard é interpretado por Jim Caviezel, ator que interpretou Jesus Cristo no filme A paixão de Cristo, de Mel Gibson. Inicialmente, os produtores não queriam o ator no papel principal, mas acabaram o aceitando por insistência de Ballard.
A atuação de Caviezel vem sendo considerada uma de suas melhores performances desde a interpretação de Cristo.
